O que é Encefalocele?

A encefalocele é um defeito que ocorre no tubo neural. É causada por problemas que acontecem durante a formação do sistema nervoso na sua fase de formação no feto.

No caso da encefalocele, ocorre um “vazamento” do tecido cerebral para fora do crânio. Isso se deve pela presença de uma “falha óssea” associada, ou seja, um “buraco no osso” do crânio por onde escapa o tecido cerebral. Ela geralmente é coberta de pele e tem a aparência de uma “bolsa” colada na cabeça da criança.

Cirurgia 

O tratamento cirúrgico da encefalocele tem o objetivo de retirar o cérebro que esteja mal formado e manter o cérebro que tenha aparência normal, acomodando-o adequadamente na calota craniana e corrigindo o defeito ósseo por onde o cérebro “escapou”. A cirurgia não altera o prognóstico neurológico, mas corrige o problema estético e evita lesões secundárias ao resto do cérebro do bebê.

A grande quantidade de massa encefálica exterior ao crânio em bebês pode indicar microcefalia. Para acomodar o cérebro que parece normal, o neurocirurgião pediátrico pode fazer enxertos ósseos e usar técnicas para expandir o crânio. 

 Além disso, é possível corrigir alguns outros problemas que esses bebês possam vir a ter no decorrer da sua vida, como a hidrocefalia. Vale ressaltar que por ser uma malformação, ela não tem cura, mas as cirurgias amenizam muito os sintomas e problemas secundários desta doença. 

Prognóstico

O prognóstico neurológico do bebê depende da extensão do defeito, do local e de que parte do cérebro está herniado. Isso quer dizer, em primeiro lugar, que quanto maior for a encefalocele, pior é o prognóstico. 

Bebês que têm uma encefalocele occipital com defeito pequeno, por exemplo, tem cerca de 35% de chance de apresentarem desenvolvimento normal ou próximo do normal. Essa chance cai para menos de 18% se o defeito for médio ou grande. 

As sequelas incluem retardo mental, alterações como hidrocefalia (acúmulo excessivo de líquido no cérebro), alterações motoras, com perda de força nos braços e pernas e dificuldade de se movimentarem, cabeça muito pequena (microcefalia), problemas de visão, convulsões, entre outras. Para minimizar essas alterações neurológicas, essas crianças devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar composta por um neurocirurgião pediátrico, neurologista pediátrico, fisioterapeuta, fonoaudiólogos e terapia ocupacional.

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